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Foto do escritorAmarildo Fernandes Rubia

AFETIVIDADE

Atualizado: 6 de nov. de 2024

Amar os outros pelo ser que eles são .


Respeito necessariamente não vem acompanhado de afeto, mas não se tem afeto se não houver respeito. Aceitar o outro como ele é não é o mesmo que amar o outro pelo ser que ele é. O respeito permite que construamos relacionamentos fundamentados na justiça, enquanto a afetividade permite que relacionamentos nasçam pelo sentimento de afinidade. Os primeiros, até podem ser mantidos por conveniência, graças à disciplina e a ordem que proporcionam, mas os segundos são mantidos pela paz e o conforto espiritual que provocam.

Nós ainda temos muita dificuldade em demonstrar afeto, pois muitas vezes fomos vítimas de assédio ao expormos nossos sentimentos. Ao perceber que a afetividade nos torna mais vulneráveis, aprendemos a nos proteger e nos defender de diversas maneiras. Passamos a nos entregar ao impulso de se aproximar afetivamente de alguém, apenas após termos certas garantias de que nossa intimidade não será violada, uma confiança depositada. No entanto, mesmo com essas “garantias”, não estamos imunes à traição e isentos de sofrer a dor do abuso ou do descaso. Ocorre que também sofremos quando temos de reprimir nosso sentimento de afeto e abrir mão de seus benefícios. A saída para esse empasse, talvez seja não alimentar expectativas em relação ao alvo do nosso afeto. Adquirir a maturidade emocional necessária para saber que nossa paz e nosso conforto espiritual não dependem de como o outro responde a nossa afetividade, mas do quanto um gesto afetivo torna-se espontâneo em nós, simplesmente por representar quem somos.

A afetividade é, no mínimo, um gesto de boa vontade de uma pessoa para com outra, demonstrando que a quer bem pelo ser que ela é, que apreciaria ter sua amizade e desfrutar de sua companhia. Não é necessário que seja retribuído, pois isto não é uma escolha nossa. Porém, saiba que esse gesto não passará em branco na vida de quem ainda está resistente, já que um sorriso, um abraço, uma atenção carinhosa e sincera dispensada ao outro, faz com que este, mais cedo ou mais tarde, abaixe sua guarda, permitindo-se receber amor sem cobrança, sem exigências.




Vivência: Efeito Surpresa


1ª Etapa


- Escolha um(a) amigo(a) para lhe fazer uma surpresa.

- A surpresa pode ser um convite para um passeio, oferecer um lanche em sua

casa, um presente com uma dedicatória, etc.

- O importante é externar seu afeto e reconhecimento pelo que essa amizade representa em sua vida.


2ª Etapa

- Surpreenda uma pessoa com a qual você tenha se afastado por algum motivo.

- Proponha-lhe um reencontro para uma conversa, escreva-lhe uma carta, etc.

- A intenção é procurar reatar a amizade dando o primeiro passo para a reaproximação e, se for o caso, para a reconciliação.


3ª Etapa:

- Demonstre um gesto de afetividade para quem você ainda não conhece ou para quem está resistente a você.

- Aproxime-se sutilmente da pessoa, ofereça-se para atender uma necessidade, faça-lhe um elogio sincero, mostre que você tem consideração e apreço por ela, trate-a com cordialidade.

- O importante é surpreendê-la, antes que ela arme suas desfesas, percebendo que você a quer bem, demonstrando que ela é importante para você, simplesmente por ela ser quem ela é.


4ª Etapa:


- Descreva e avalie as experiências das etapas anteriores ressaltando o sentimento que ficou em você.

Materiais de apoio:

1- Citações: fontes: www.citador.pt/ e www.pensador.uol.com.br

- A afetividade é inerente ao ser humano. Ainda hoje podemos atiçar esse fogo dentro de nossa alma. Assim fazendo, poderemos aquecer corações frios bem próximos de nós. (Antonio Francisco)


- Laços afetivos começam com um simples "oi". A amizade não se escolhe, ela apenas acontece. (Vicente Leal)


- A afetividade é a mais bela conduta para a humanização! (Adriana A Leal)


- A maldade das pessoas vem de uma profunda carência afetiva que muitos seres-humanos vivem na era de hoje. (Marcello Thadeu)


- Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. (Caio Fernando Abreu)


- Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós. (Saint-Exupéry)


- A indiferença estanca a afetividade e aos poucos nos torna fechados e insensíveis. Celina Missura


- A cordialidade é atributo dos bem-amados, dos resolvidos, daqueles que, de bem com a vida, distribuem ao seu redor o que lhes transborda o ser. Mirna Rosa


- A cordialidade cura maus humores. Seja cordial e estará ajudando uma vida.


- A cordialidade é uma linguagem universal que une todas as línguas sem barreiras, por olhares e sorrisos, independentemente de fronteiras. Paulo Celente



2- Músicas:

- Brincar de Viver (Guilherme Arantes/Jon Lucien)

- Pai e filhos (Renato Russo)

- Adoráveis criaturas (14 Bis)

- Vida (Fábio Junior)


3- Filmes:

- O Amor é Contagioso

- Forrest Gump


4- Conto:

O Pároco Amável


Numa aldeia feliz, de gente simples, todos viviam em torno de seu velho pároco, que era amável e tinha o hábito de jamais contrariar alguém. Sem sair da amabilidade, contornava situações difíceis e, também, sem sair da elegância bondosa, não traía seus princípios, no modo equânime de viver.

Ele era querido por todos do lugar. Ninguém conseguia que ele ficasse irritado, teimasse ou ostensivamente fizesse sua vontade prevalecer. Mas tudo acabava bem, e ainda fazia seus paroquianos sorrirem; todos apreciavam muito seu modo sábio de resolver as coisas, sem ferir ninguém, e sem ninguém o ferisse.

Seu sacristão, que o ajudava na missa diária da manhã, resolveu fazer uma aposta com os jovens da aldeia. Havia descoberto uma maneira de fazer o pároco teimar, pois ninguém tinha conseguido até aquele dia. Todos os jovens queriam ver o bom pároco teimar pela primeira vez. O sacristão afirmava que daquela vez ia conseguir. A expectativa era enorme: todos estavam reunidos para ver o desfecho.

O pároco tinha o hábito de, após a missa celebrada, saborear um chocolate quente, que seu sacristão servia, religiosamente. Neste dia, porém, após a celebração da missa, o sacristão não lhe trouxe o chocolate costumeiro.

Disse-lhe o padre:

- Amigo sacristão, sirva-me o chocolate!

O sacristão, fazendo uma ótima encenação teatral, fingindo ar de espanto, disse:

- Padre! Já lhe servi o chocolate: o senhor já o tomou.

O manso pároco, então lhe retrucou suavemente:

- Por favor, sirva-me outro!

5- Poesia:


AFETIVIDADE


Não somos estranhos

Caminhando sozinhos.

Nem solitários

Por paredes isolados.


Não somos cegos

Cruzando caminhos.

Nem ruas que se cruzam

Com os sinais fechados.


Tão pouco somos intocáveis,

Como os espinhos.

Muito menos insensíveis,

Como os anestesiados.


Somos aves

De um mesmo ninho,

Revoando lado a lado.


Somos crianças crescidas

Em busca de carinho,

De atenção e cuidado.


Somos os sorrisos abertos

Nos encontros do caminho

E a pele onde se sente o contato.


Amarildo Fernandes Rubia


6- Questões para encontrar suas respostas:


01- De que maneiras você costuma demonstrar afetividade?


02- Quais os motivos que já te levou ou ainda te leva a reprimir sua afetividade?

03- Dê um exemplo de quando, com um gesto de cordialidade, você conquistou a confiança de alguém.


04- O que você sente quando não é tratado com cordialidade?


05- Comente a frase de Antonio Francisco: “A afetividade é inerente ao ser humano. Ainda hoje podemos atiçar esse fogo dentro de nossa alma. Assim fazendo, poderemos aquecer corações frios bem próximos de nós.”


06- Relate uma ocasião em que foi surpreendido com um gesto afetivo que fez você mudar seu relacionamento com alguém.


07- A seu ver, quais os maiores benefícios que a afetividade traz para a convivência humana?


Obs. Use o Blog para compartilhar suas considerações sobre sua vivência.







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