As noites de boêmia
eram todas
poucas ingênuas;
Apenas refúgios
de tristes mortais.
Até que tão esperada
chegasse a bela jovem
doce e faceira
e embebedasse meio salão.
E aí,
só mesmo pelas tantas
a porta então se entreabria.
Pena,
já exausta ela ia
dando por fim a brincadeira.
Era assim
todas as noites
quando o som se emudecia
e a luzes se escondiam.
Era ela
a dona da festa.
Assim,
sinto saudades ainda hoje
de ouvir lá do meu quarto
tantos humildes passos,
sons de tamanco rachado
e vozes alegres
de muitos suspeitos
culpados.
Amarildo Fernandes Rubia
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