Alguém soltou a palavra ditadura,
Como se solta uma cobra da jaula.
Como uma pedra arremessada à janela,
Aquela injúria perfurou o meu ouvido
E foi se alojar em meu estômago,
Provocando um arroto de amargura.
Como tocava a sirene da viatura,
ao anunciar a revista após a aula,
soou meu alarme contra tal mazela.
O antídoto que guardo protegido
e que destilo do meu âmago,
vacinado dessa desventura.
Amarildo Fernandes Rubia
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