Por bem pudera
num passo falso do destino
cair a máscara do medo,
como um relapso,
um mal entendido,
fruto de um colapso
de um mundo
cercado por ilusões.
Quisera a tempo
revelar seu segredo
oculto em algum lugar
dentro do nosso ser,
modulado em formas
pacíficas de se crer
quão boas são
as suas intenções.
Seja, talvez,
por tantos milênios,
calejados de sofrer
a sina de evoluir,
passamos a recear cada
novo porvir
que a vida nos reserva
ao longo de cada era.
Compreendêssemos
a vã esperança
de nos acomodar
ante o intrépido tempo,
nós educaríamos
o nosso pensamento
a não se ocupar
com o que nos espera.
Muitas vezes precipitados,
nos colocamos em fuga
ao nos surpreender
novamente sozinhos,
quando certos
estávamos do caminho
à liberdade
de nossos temores.
Creio, contudo,
que se formos resolutos,
ao menos passaremos
a respirar fundo,
por pior que se apresente
a condição do mundo,
tomando coragem
para enfrentar nossas dores.
Amarildo Fernandes Rubia.
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