Vida,
ponto que se espalha,
que se divide,
mas não se separa.
Unidade
que se multiplica,
que se mantém,
mas se modifica.
Água
que não se esgota nunca,
Que evapora,
mas a chuva junta.
Vazio
de onde tudo provém,
Que nada se vê,
mas tudo contém.
O que fica
do que se leva embora,
Que a morte não desfaz,
e sempre se renova.
Porta
que se abre com o vento,
Que liberta
o que está dentro.
Espiral
que pelo infinito se estende,
Que evolui
em um ciclo crescente.
Um fluxo
de ir e vir de ondas,
Que exibe matizes
de luzes e sombras.
Ponto
de onde tudo diverge.
Unidade
para onde tudo converge.
Água
que por tudo brota.
Vazio
de onde o vento sopra.
O que fica,
enquanto a morte passa.
Porta que se abre
para que o de dentro nasça.
Espiral de uma corrente
que tudo carrega.
Fluxo de ondas
que em tudo penetra.
Amarildo Fernandes Rubia
Comments