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Foto do escritorAmarildo Fernandes Rubia

O VAZIO E O VENTO

Atualizado: 2 de ago. de 2020



Vida,

ponto que se espalha,

que se divide,

mas não se separa.

Unidade

que se multiplica,

que se mantém,

mas se modifica.

Água

que não se esgota nunca,

Que evapora,

mas a chuva junta.

Vazio

de onde tudo provém,

Que nada se vê,

mas tudo contém.

O que fica

do que se leva embora,

Que a morte não desfaz,

e sempre se renova.

Porta

que se abre com o vento,

Que liberta

o que está dentro.

Espiral

que pelo infinito se estende,

Que evolui

em um ciclo crescente.

Um fluxo

de ir e vir de ondas,

Que exibe matizes

de luzes e sombras.


Ponto

de onde tudo diverge.

Unidade

para onde tudo converge.

Água

que por tudo brota.

Vazio

de onde o vento sopra.

O que fica,

enquanto a morte passa.

Porta que se abre

para que o de dentro nasça.

Espiral de uma corrente

que tudo carrega.

Fluxo de ondas

que em tudo penetra.

Amarildo Fernandes Rubia








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