É admirar-se
Por ser divina
E estar presente
Em tudo que cria.
Como ser o poeta
E a poesia.
É ver no Universo
Sua essência refletida.
É vestir-se de formas
Que se transformam
Ao recriar a si mesma
A cada momento.
É Manter-se sempre
Em movimento,
Na mesma coreografia
Da dança da vida.
É comer o fruto
Da árvore proibida
E se aventurar
A conhecer o pecado.
É jogar o jogo
Do certo e do errado
E correr o risco
De enfrentar o perigo.
É se deixar conduzir
Por cada aventura
E vivenciar cada
Trama da história.
É celebrar sua conquista
Depois de cada vitória,
Quando tudo parecia
Que estava perdido.
É ter o encontro
Com uma alma
Que lhe permita
Sem pudor se entregar.
É despir-se dos disfarces
E ser livre para amar,
Sem conter o gozo
Da atração verdadeira.
É ser uma fonte
De amor cristalino,
Que faça outra alma
Querer mergulhar
Sem o receio
De ali se afogar,
Sem conter o desejo
De se doar por inteira.
Amarildo Fernandes Rubia
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